Já contamos aqui, no BIO Blog, que os exercícios físicos aumentam a eficácia das vacinas. Mas não apenas isso: atividades físicas regulares diminuem nossas chances de contrair COVID-19 severa, de acordo com um estudo publicado no British Journal of Sports Medicine.
Para isso, os pesquisadores analisaram dados de 48.440 adultos que foram diagnosticados com COVID-19 entre 1 de janeiro e 21 de outubro de 2020. Depois, analisaram os níveis de atividade física relatados anteriormente pelos pacientes e compararam estas informações com o risco de hospitalização, admissão na UTI e morte após o diagnóstico da doença.
E o que eles descobriram? Pessoas diagnosticadas com COVID-19 que eram consideradas “inativas” — realizavam 10 minutos ou menos de atividade física por semana — tinham um risco 1,73 vezes maior de serem internadas na UTI e 2,49 vezes maior de morrer devido ao vírus em comparação com aquelas que eram fisicamente ativas — praticavam atividades físicas ao menos 150 minutos por semana. Além disso, os sedentários também tinham risco 1,2 vez maior de serem hospitalizadas, 1,1 vez mais risco de internação na UTI e 1,32 vezes maior risco de morte do que aquelas que faziam entre 11 e 149 minutos semanais de exercícios físicos.
“Acreditamos fortemente que os resultados deste estudo representam uma diretriz clara e prática que pode ser usada por populações em todo o mundo para reduzir o risco de desfechos graves da COVID-19, incluindo morte”, disse o co-autor do estudo, Robert Sallis, ao site MeansHealth.com.
Por que o risco de contrair COVID-19 severa diminui com exercícios físicos?
Essa é uma pergunta que os pesquisadores ainda não sabem responder. Mas alguns têm palpites. Um deles seria o fato de os exercícios prevenirem a obesidade, comorbidade diretamente ligada aos riscos de desenvolver a versão grave da COVID-19.
O outro seria o impacto direto que a atividade física possui sobre nossos pulmões. “Com base na minha experiência, as pessoas que exercitam regularmente seus pulmões se saem muito melhor com quase qualquer tipo de doença respiratória do que as pessoas que não o fazem “, disse o Dr. Raymond Casciari, pneumologista, ao site da Revista Shape.
Ele incentiva seus pacientes a “ficarem com falta de ar” por conta das atividade físicas ao menos uma vez um dia. Os exercícios— e a respiração pesada que muitas vezes vem com ela — podem ajudá-lo a trabalhar áreas dos pulmões que você não usaria com tanta frequência, diz o Dr. Casciari. “Eles abrem as vias aéreas e, se você tiver fluidos ou qualquer coisa que possa estar escondido por lá, eles serão expelidos”.
A rotina de atividades físicas também ajuda a fortalecer os músculos pulmonares. “Isso é extremamente importante”, diz o Dr. Casciari. “Você trabalha muito respirando e, quanto mais eficientes são seus pulmões, menos trabalho seus músculos respiratórios têm de fazer. Isso pode ser crucial na hora de enfrentar uma doença grave como a COVID-19”, diz ele.
Com qual frequência devo praticar exercícios físicos?
Médicos pesquisadores do Colégio Americano de Medicina do Esporte definem o sedentarismo como “a prática de atividades físicas leves durante menos do que 150 minutos por semana” para a população entre 18 e 60 anos, em um estudo revisando orientações antigas sobre o assunto.
Quer deixar de ser considerado sedentário? É preciso fazer atividades moderadas pelo menos cinco vezes por semana, durante 30 minutos, ou atividades físicas intensas pelo menos três vezes por semana, durante 20 minutos.
“O ideal, neste caso, é treinar de três a cinco vezes por semana, misturando fortalecimento muscular e cardio por meio de um treinamento combinado”, diz Thiago Moreira, gerente técnico da Bio.
Mais um motivo para criar hábitos que te façam se apaixonar pela atividade física e manter a motivação no treino! 😉
Agora que você já sabe as maravilhas que a prática de atividades físicas pode fazer pela sua saúde, que tal marcar um treino na Bio?