Como (e quando) voltar aos treinos depois de contrair a Covid-19?

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treinar depois da Covid-19

Especialistas apontam os principais cuidados que você deve tomar ao treinar depois de ter Covid-19

Muitas pessoas que já contraíram o novo coronavírus devem ter se perguntado quando voltar a praticar exercícios físicos. A verdade é que é preciso muita atenção com o retorno: tanto a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) quanto a de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE), por exemplo, falam que há relação entre a infecção e o aparecimento de problemas no coração.

Arritmias, miocardite e insuficiência estão entre as complicações. Elas costumam aparecer em 20 a 30% dos pacientes que necessitaram de hospitalização. Contudo, quem teve sintomas leves também precisa ficar esperto(a). “Os especialistas já tinham conhecimento que o coração pode ser prejudicado em viroses, já que os vírus podem inflamar o órgão”, explica a cardiologista Rica Buchler, de São Paulo.

Isso sem falar nos distúrbios respiratórios. “Aproximadamente 14% dos pacientes com Covid-19 têm falta de ar e baixa oxigenação sanguínea”, alerta o pneumologista e alergista José Roberto Zimmernan. Casos mais graves precisam de internação e até intubação.

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Como voltar a treinar depois de ter Covid-19?

Por isso, para voltar a treinar depois de ter Covid-19, vale seguir alguns passos essenciais. Eles vão garantir sua segurança — e a de outros a seu redor. O primeiro deles, afirmam os dois médicos, é respeitar um período de no mínimo 15 dias para o retorno à atividade (seja ela uma sessão de yoga em casa ou uma aula de Burn, no Bio Class).

O segundo é correr para o médico. “Todos têm que fazer check-ups gerais”, recomenda Rica. Se os exames não apontarem nenhuma alteração no organismo, você já pode marcar uma consulta online com um profissional de Educação Física. Ele irá estimar quanto condicionamento físico e massa muscular foram perdidos enquanto seu corpo tentava se recuperar. “Esses fatores interferem diretamente na sensação de fadiga durante o esforço”, diz a médica.

Por fim, o retorno aos esportes deve ocorrer de forma tranquila e gradual. Mais uma vez, a ajuda de um treinador especializado é imprescindível nesta etapa. “A pessoa pode sentir mais dificuldade para respirar, mesmo se teve sintomas leves”, explica Rica.

E os casos graves?

Já quem teve manifestações moderadas a graves (e está liberado(a) pelo médico) precisa, antes de tudo, realizar a fisioterapia pulmonar. “Durante a primeira semana, são indicados exercícios de flexibilidade e respiratórios que vão aumentando em intensidade de maneira gradativa”, explica Lucas Florêncio, gerente de departamento técnico da Bio Ritmo.

Na segunda semana (ou quando a pessoa se sentir mais confiante), o instrutor irá passar exercícios leves e que trabalham o corpo inteiro. “Mas todos de baixa complexidade e com grandes tempos de intervalo”. Aos poucos, a dificuldade e a duração dos treinos irão aumentar. “Mas vale lembrar que cada caso é diferente. Por isso é tão importante o acompanhamento profissional”, finaliza o treinador.